sábado, 25 de fevereiro de 2012

UMA GRANDE ENCHENTE

Ah Rio! Como diz a música do Michel Teló “Assim você me mata”. Coração não agüenta.


Uma época do ano se encolhe tanto que chega a serpentear entre barrancos, bancos de areia, entulhos formados pelo descarte jogado em tuas margens do muito considerado inservível e você fica lá humilde, pequenino, indefeso, deixando preocupação;

Outra época, como agora, você se arvora de mar e avança em espaços ocupados pelo os habitantes do local e os expulsa de seus lares, de seus trabalhos, por dias seguidos com perdas tantas vezes irreparáveis.

Tempos passado, residente às margens de um outro rio lembro que por lá nos períodos de cheia não havia desabrigado e sim ilhados e se o morador não tivesse um barco não saia de casa para lugar nenhum.

Eu gostava de ver o rio cheio exuberante e alguma vez entrava num pequeno barco e remando, remando me distanciava mais ou menos o quilometro do ponto de partida, mirava um pequeno galho de arvore no meio de tantos que descia e aproveitava para retornar. Considerava um tipo de competição que empreendia contra o rio, onde só eu vencia, uma vez que além da correnteza que por si só já levava o barco eu ainda remava.

Hoje, residindo na cidade há muito tempo, a cheia do rio igual a que esta acontecendo agora me entristece e amedronta. Milhares de pessoas estão em abrigos e mesmo tendo a assistência possível são grandes às dificuldades por que passam. Até quando? Só Deus sabe. Que ELE permita que seja logo.