Fumei durante muitos anos. Sabia que era prejudicial à saúde. Em casa tinha a recriminação constante de minha mãe, alegando sempre as doenças que o fumo provoca aos fumantes e até aos não fumantes.
Da minha parte eu tentava e muito fazia do que me ensinavam e uma ainda lembro muito bem, que se constituía no seguinte: Diminuir aos poucos a quantidade de cigarros que fumava diariamente. Assim se eu fumava um maço por dia (o que era o meu caso) inicialmente teria que diminuir para dez cigarros (meio maço) depois cinco, depois três cigarros e essa etapa deveria ser a penúltima. O próximo passo, já menos difícil, segundo os ensinamentos das pessoas que fizeram o mesmo, eu deixaria de fumar.
Dessa forma, sempre aumentando a cota indicada e me propondo reduzir no dia seguinte, o que geralmente não acontecia, cheguei a tal penúltima etapa.
Como onde quer que eu estivesse tinha ao meu alcance só a quantidade de cigarros que deveria fumar, para iniciar essa etapa eu teria que comprar os três cigarros e fiz isso sim, logo depois do café da manhã e já fumei o primeiro.
Lá para as dez horas chegou uma amiga e, entre os cafezinhos que tomava acendia um cigarro e me oferecia outro. Inicialmente rejeitei a oferta (não quis dizer que estava tentando deixar de fumar), mas ela insistia tanto que, quando me dei conta já tinha fumado toda cota do dia e aí tudo que havia conseguido até então foi pelo ralo.
Contudo, mesmo voltando a fumar não fumava mais um maço por dia, mas também não deixava.
O tempo passou e uma noite (28.01.2002) eu estava assistindo TV quando uma reportagem me chamou a atenção. Era sobre o trafico de cigarros e o motivo de marcas sair mais barato para o usuário, uma vez que ao fumo que por si só já é nocivo, eram acrescidos outros produtos, considerados sujeira mesmo, tudo para aumentar a produção.
Fiquei tão horrorizada que a partir daquela noite prometi a mim mesma nunca mais fumar.
Estou cumprindo a promessa.
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