terça-feira, 16 de março de 2010

A PRESSA!

Supermercado é sempre um bom lugar para chegar lá, pelo menos penso assim, pois além dos produtos que o caracterizam, como carnes, peixes, verduras, frutas, massas, doces etc, a cada dia eles são ampliados e oferecem uma variedade de produtos, antes só encontrados em outros estabelecimentos.
É também um bom lugar para encontrar amigos, conhecidos e ainda conhecer pessoas. A grande maioria ali presente tem algo em comum: fazer compras e dificilmente não estão apressadas quando se dirigem ao caixa para pagamentos da mercadoria e fazem muita coisa, a fim de logo ser atendida.
Dia desses encontrei uma dessas pessoas e aconteceu o seguinte: cheguei ao caixa, onde geralmente a fila é pequena e lá havia um carrinho com uns dez produtos e o dono ou dona, ausente. Com certeza foi pegar alguma coisa que havia esquecido, pensei. Encostei ao carrinho parado e aguardei. Não demorou. Era um homem alto bonito, jovem o que me fez concluir que a vez de ser atendida, em primeiro lugar era minha.
Por isso dei um passo á frente para em seguida ouvir do meu adversário da fila:
- Vai passar mesmo na minha frente?
- Vou sim! – respondi e indaguei de mim mesma: Será que ele num leu o que está escrito na placa acima desse caixa?
Fiquei quieta e, bem baixinho, encetei aquela musica que no caso significava resistência - “Daqui num saio daqui ninguém me tira...”.
Mas, ele voltou a falar dizendo que havia chegado ali antes de mim e só tinha saído por um minuto.
Olhei para ele e perguntei se não havia lido o que estava escrito na placa daquele caixa.
Ficou calado e eu insisti na música.
Outra vez ele voltou a falar, dizendo que havia feito uma cirurgia, ficou de costa e desceu o cós da calça um pouco, onde vi alguma coisa como um emplastro, daqueles que dizem tira as dores.
Mesmo assim demonstrei solidariedade perguntando se estava bem. Fez uma cara que entendi, só estava com raiva por que eu não o deixava passar na minha frente.
Mas, se você pensa que ele desistiu, não foi isso o que aconteceu:
Puxou meu carrinho e olhando para mim disse que tinha pressa, uma vez que a mãe estava esperando as compras para fazer o almoço.
Ainda pensei em resistir. Ele poderia até nem está falando a verdade, mas, mãe é coisa séria e com um ah enraivecido fui para outro caixa e não olhei mais para o lado que eu sabia que estava.
Perdi a parada!

2 comentários:

  1. Adorei Francisca............isso acontece sempre.........eu não concordo que o mundo é dos espertos........acho que que ele deveria ser mais educado, só assim vc teria cedido o lugar a ele com mais rapidez..............parabéns.....bjao da sua amiga cuiabana.

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  2. Lendo esse artigo lembrei do meu pai e de sua "estratégia" pra enfrentar filas... Certa vez me contava: quando chega perto de ir ao banco pra receber a sua aposentadoria deixa de barbear-se, deixa o cabelo crescer, e ainda diz ele q vai com a pior roupa, velhinha, desbotada... daí se faz ainda de vítima pondo-se na fila normal esperando q venhama ele e digam q ele está na fila equivocada que ele deve ir pra fila dos "idosos!... rsrsrs. E ele consegue toda vez... hehehehe.

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